terça-feira, 29 de maio de 2012

Atualidades: Suíno light.


                                    
   Históricamente a suinocultura pouco se preocupava com a qualidade da carne quanto a sua quantidade de gordura, sendo comum as criações de suínos de raças com características de altos índices de gordura corporal.



   Foi então por iniciativa da empresa Embrapa que foi cogitada a criação de uma raça sintética de suínos sendo ela resultado do cruzamento das raças conhecidas: Large White, Duroc e Pietrain que tem como características, menores índices de gordura corporal e boa produtividade com bom ganho de peso e boa conversão alimentar.
   Como resultado desse cruzamento surgiu o conhecido “porco light” que tem como principais características do cruzamento, a modificação genética sendo que houve a perda pelos animais do gene halatano o que os torna capazes de produzir grande quantidade de carne com qualidade, com baixo teor de gordura, bons índices de produção, e a gordura existente na carcaça é encontrada em sua maioria como capa de cobertura muscular o conhecido toucinho.

   Hoje esse tipo de suíno e facilmente encontrado em grandes suinoculturas, isto porque, o mercado consumidor exige carnes de qualidade e com pouca gordura, sendo assim, um mercado bastante rentável e promissor. 

Atuação do Veterinário na suinocultura.

 O médico veterinário vem desempenhando papel importante na suinocultura. Uma área que envolve muitos interesses econômicos, é cada vez mais relevante o aval do veterinário para análise do que é necessário para o animal e os custos dessa necessidade, buscando sempre a melhora da produtividade.
 Por ser um setor rentável, vários profissionais vem se especializando na área, não atuando apenas como clínicos. Tendo uma intervenção mais ampla em vários fatores como: genética, alimentação, equipamentos, meio ambiente, dentre outros.
 Sendo principalmente o consultor que proporciona apoio ao produtor, o Médico Veterinário se torna um “assistente de produção” assumindo um papel importante da gestão de custos da suinocultura. Para exercer essa função é essencial que o profissional se atualize com sistemas de informação que permitam localizar, diagnosticar e controlar problemas que ocorrem nas granjas.
  A avaliação dos custos de alimentação e saúde, vem se tornando muito importante para os produtores e suas respectivas propriedades. Assim fazendo o julgamento efetivo do que está certo e o que precisa ser alterado, prezando o bem estar do animal, produtividade e o ”bolso” do cliente.

domingo, 27 de maio de 2012

sistema intensivo criado ao ar livre


Para disseminar mais o sistema de produção de suínos em bem estar animal a EMBRAPA esta divulgando o sistema intensivo de suínos criados ao ar livre, este projeto visa atender proprietário rurais que estão começando na atividade, para quem deseja intensificar a produção ou aqueles que estão preocupados com o bem estar animal.

             O sistema prevê uma medida de 800m² para cada animal adulto e 50m² para cada animal da creche. Esse sistema tem como objetivo também estimular o comportamento natural dos animais, devendo assim diminuir o estresse que se tem em um sistema de produção intensivo confinado.

            Esse sistema ao ar livre esta crescendo na região sul do país, principalmente para atender as normativas de bem estar estabelecidas pela união europeia, pois a qualquer momento podem barrar a entrada de nosso produto alegando que os sistemas de criação existente no Brasil não seguem a normativa de bem estar animal.

            A União Europeia não exige que a carne importada seja de um sistema ao ar livre. Mas eles preferem alimentos que atendem as normativas de bem estar animal, então a EMBRAPA criou esse sistema que oferece as normativas exigidas na Europa além de ter baixo custo de instalação e ser em prgados em pequenas propriedades.


Você pode ver o vídeo sobre o sistema, disponibilizado pela UEM CAMPUS REGIONAL DO NOROESTE.
 Acessando o link a seguir http://www.youtube.com/watch?v=qWKetssAydI

terça-feira, 22 de maio de 2012


Mercado de suíno mostra recuperação em maio



 O mercado de suínos ganhou um fôlego em maio. Depois de alcançar, na primeira quinzena de abril, o menor preço desde 2009(R$37,00 por arroba), o mercado começou a se recuperar e se mantém estável no mês atual(R$44,00 por arroba). Preço 4,3% menor que do ano passado.

 No mercado externo, embora a Rússia tenha retomado, em abril, o posto de maior comprador do Brasil, com 13,9 mil toneladas de carne suína exportada - o que corresponde a 29,15% do total embarcado naquele mês - a Argentina mantém as restrições. Para o país vizinho, o volume exportado no último mês foi 473 toneladas, uma queda de 85% em relação ao mesmo período de 2011.

 Com a entrada da segunda quinzena do mês, a tendência é que o consumo interno recue, o que pode tirar a sustentação dos preços pagos ao produtor.

 Ainda que seja característica do período, a baixa demanda nos primeiros meses do ano tem espantado os suinocultores. Os baixos preços pagos aos produtores pelo quilo do suíno vivo podem levar a suinocultura brasileira a enfrentar uma crise sem precedentes, já que os valores repassados ao produtor não correspondem aos necessários para cobrir os custos da produção, acentuando as diferenças na balança comercial da suinocultura.

 Nos últimos meses os custos de produção recorrentes da elevação nos preços da saca do milho e do soja tem comprometido também o futuro da atividade.


*Recentemente a revista "Istoé" publicou uma reportagem que deve animar os suinocultores da região de Santa Catarina. Sobre o interesse dos Estados Unidos na carne suína do estado, que pode pelo menos ajudar a minimizar os efeitos do panorama da cultura atualmente. Para ler a reportagem na íntegra clique no link a seguir :

 

terça-feira, 15 de maio de 2012


Crise na suinocultura já provocou R$ 1 bilhão em prejuízos.


A crise que afeta dramaticamente a suinocultura brasileira ameaça fechar centenas de granjas, atingindo diretamente os cerca de 1 milhão de brasileiros que trabalham no setor. A proibição da Rússia de importar de carne suína brasileira feita desde 2011 tem sido considerada como um dos principais responsáveis pela crise no setor que afeta país. 


suinocultura em bem estar animal

          Com a intensificação da produção, os produtores vem percebendo que os animais vem desenvolvendo habitos diferentes. Isso se da por causa do estresse e pose ser combatido desde que o animal possa expressar o seu comportamento natural, dando  assim o bem estar.


A suinocultura no Brasil
A produção de carne suína existe no Brasil desde os primórdios da nossa civilização e suas carne e banha vêm sendo utilizadas pela população brasileira desde então, tendo inicialmente apresentado um maior dinamismo em Minas Gerais (nas regiões de garimpo). No final do século XIX e início do século XX, com a imigração européia para os estados do Sul, a suinocultura ganhou um novo aliado. Esses imigrantes vindos principalmente da Alemanha e da Itália trouxeram para o Brasil os seus hábitos alimentares de produzir e consumir suínos, bem como um padrão próprio de industrialização.
Até nos anos 1970 a suinocultura era uma atividade de duplo propósito. Além da carne, fornecia gordura para o preparo dos alimentos (esta inclusive era demanda mais relevante). A partir dos anos 1970, com o surgimento e difusão dos óleos vegetais, a produção de suínos como fonte de gordura perdeu espaço, sendo quase que totalmente eliminada do padrão de consumo da população brasileira. Para fazer face a esta transformação, os suínos passaram por uma grande transformação genética e tecnológica e desde então perderam banha e ganharam músculos.
Da estagnação ao crescimento do mercado
Mas estas mudanças na genética e na produção de suínos ainda não foram totalmente percebidas pelos consumidores brasileiros e esse fato aliado aos preconceitos em relação ao efeito da carne suína sobre a saúde humana (a percepção popular de que a carne suína faz mal) fez com que o consumo de carne suína no Brasil tenha ficado praticamente estagnado nos anos 1980 e 1990. Além disso, os anos 1980 foram marcados pela crise macroeconômica na economia nacional (alta inflação e déficit na balança de pagamentos) que resultou em um crescimento insignificante da renda dos consumidores brasileiros.
Devido a todos esses problemas, a demanda do mercado pela carne suína somente apresentou um crescimento mais significativo a partir de meados da década de 1990, induzido pela queda de preços deste produto ao consumidor final e a ações lançadas pelos próprios suinocultores. Um fundo de promoção e divulgação para a carne suína e seus derivados criado nessa época atuou diretamente nas promoções feitas em supermercados, sendo que na televisão foram divulgados os benefícios do produto, procurando eliminar os mitos referentes ao consumo desta carne.
Hoje as coisas estão bem, mas para competir no mercado internacional é um desafio constante que requer posicionamento estratégico e atento aos menores sinais ou sintomas de mudanças, sejam elas econômicas, políticas ou sociais. Em um mundo fortemente globalizado e com o crescimento do volume de transações entre os países e os blocos econômicos, todos estão buscando por vantagens mercadológicas e conseqüentemente, econômicas e sociais. Dessa forma, as “regras do jogo” mudam facilmente e uma situação confortável no presente pode de transformar em uma situação de risco no curto prazo.
É necessário, adotar algumas medidas preventivas que eliminam ou reduzam significativamente a imposição de “regras” por partes dos países compradores. Algumas destas regras impostas a serem evitadas são as barreiras comerciais não-tarifárias, que se baseiam no argumento da presença de algum organismo patológico qualquer, o que nem sempre é factível. Riscos deste tipo são ainda mais sério quando o mercado comprador é extremamente concentrado, tendo um único país como comprador majoritário.
Estes parecem ser alguns dos pontos fracos e preocupantes da cadeia brasileira da carne suína.O Brasil vem aumentando sua participação no mercado internacional dessa carne, mas apenas quatro ou cinco países são responsáveis pela compra de mais de 90% do volume exportado. Mais preocupante ainda é o fato de que a Rússia sozinha é responsável pela compra de mais de 50% da carne suína que o Brasil exporta. Por isso, esta cadeia produtiva que se organiza para aumentar sua participação no mercado mundial, ainda precisa planejar melhor sua atividade a médio ou longo-prazo, porque, freqüentemente, tem encontrado em dificuldades medianas o cancelamentos de importações e outras barreiras impostas pelos países exportadores, especialmente a Rússia.
E para conseguir reduzir as conseqüências negativas que isso acarreta para toda a cadeia produtiva é necessário que exista uma atenção maior dos agentes coordenadores dessa cadeia produtiva da carne suína não apenas em ampliar a participação do Brasil no mercado mundial, mas também em diversificar o mercado comprador, reduzindo os riscos através de vendas mais pulverizadas. A principal questão é saber que características apresentam as agroindústrias que possuem mercados mais diversificados.